A Causa Sagrada de Darwin
Adrian Desmond e James Moore dão uma explicação completamente nova sobre a maneira pela qual Darwin chegou à sua famosa teoria da evolução, que atribui todas as formas de vida a um remoto ancestral comum. Segundo os autores, as ideias abolicionistas defendidas por Darwin o guiaram na formulação de suas principais descobertas científicas. Darwin deu a todos os seres uma origem comum, libertando-os dos maiores apologistas da escravidão, que acreditavam que negros e brancos tinham se originado como espécies separadas, sendo os brancos superiores. A Causa Sagrada de Darwin é um estudo memorável e original sobre o maior cientista do século 19 [pelo menos aqui foram mais modestos em relação a Darwin, já que há darwinistas ufanistas que consideram o naturalista inglês “o maior cientista de todos os tempos”, ignorando Newton, Galileu e mesmo Einstein].
Nota: A obra parece interessante e deixa evidente (sendo correta ou não a tese dos autores) que não existe neutralidade filosófica em ciência. Diversos interesses subjetivos sempre estão por trás das pesquisas e frequentemente lhes ditam os rumos e conclusões. Curiosa e contraditoriamente, em outro livro (menos famoso) de Darwin, o The Descent of Man (1871), o naturalista diz: “Em algum período futuro não muito distante se medido em séculos, as raças civilizadas do homem exterminarão e substituirão, quase com certeza, as raças selvagens em todo o mundo. Ao mesmo tempo, os macacos antropomorfos... serão sem dúvida exterminados. A brecha entre o homem e seus parentes mais próximos será ainda mais larga, pois ela se abrirá entre o homem num estado ainda mais civilizado, esperamos, do que o próprio caucasiano, e algum macaco tão inferior quanto o babuíno, em vez de, como agora, entre o negro ou o australiano e o gorila” (p. 178).[MB]
Nota: A obra parece interessante e deixa evidente (sendo correta ou não a tese dos autores) que não existe neutralidade filosófica em ciência. Diversos interesses subjetivos sempre estão por trás das pesquisas e frequentemente lhes ditam os rumos e conclusões. Curiosa e contraditoriamente, em outro livro (menos famoso) de Darwin, o The Descent of Man (1871), o naturalista diz: “Em algum período futuro não muito distante se medido em séculos, as raças civilizadas do homem exterminarão e substituirão, quase com certeza, as raças selvagens em todo o mundo. Ao mesmo tempo, os macacos antropomorfos... serão sem dúvida exterminados. A brecha entre o homem e seus parentes mais próximos será ainda mais larga, pois ela se abrirá entre o homem num estado ainda mais civilizado, esperamos, do que o próprio caucasiano, e algum macaco tão inferior quanto o babuíno, em vez de, como agora, entre o negro ou o australiano e o gorila” (p. 178).[MB]
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